quinta-feira, 21 de junho de 2012

Uma análise post-mortem dos resultados da segunda prova

A média da turma na segunda prova foi 6,8 (ignorando um aluno faltoso) e a mediana, 7,0. As estatísticas da primeira prova foram praticamente as mesmas (média e mediana iguais a 7,0). Assim, pode-se dizer que o desempenho da turma foi bastante consistente ao longo do semestre. No entanto, o mesmo não se pode dizer do desempenho individual dos alunos: a correlação entre as notas da P1 e as da P2 foi baixíssima, igual a 0,1. Constatações contraditórias, aparentemente.

A contradição explica-se pelo efeito de cancelamento que houve entre dois grupos de alunos.

Observei em sala de aula que alguns alunos tiveram um ótimo desempenho na primeira prova e abandonaram as aulas depois dela. Outros, ao contrário, tiveram um desempenho mais fraco na primeira prova e redobraram esforços na segunda metade do curso. Uma maneira de mensurar esses grupos é calcular a diferença (D) entre a nota padronizada da segunda prova e a nota padronizada da primeira prova. (A nota padronizada é calculada subtraindo da nota que o aluno tirou a média da turma, e depois dividindo essa diferença pelo desvio padrão das notas da turma.) Definindo arbitrariamente uma mudança significativa de desempenho em |D| > 1, descobrimos que quase metade da turma enquadra-se. Houve seis alunos com D < -1, isto é, alunos cujo desempenho piorou significativamente entre as provas. Alguns destes são alunos cujo comparecimento às aulas notei ter diminuído bastante logo depois da primeira prova. Prevejo que terminarão o curso com uma sensação de oportunidade perdida. Vale lembrar uma advertência que, por força de norma, é incluída em todo material de divulgação dos fundos de investimento: "a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros." Por outro lado, houve sete alunos com D > 1, isto é, alunos que viraram o jogo depois de um desempenho menos estelar na P1. Desse grupo, permito-me citar os três casos que mais saltam aos olhos: Jessica Assis, Philipe Sarkis e Raila Sousa. Parabéns aos três!

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